
Era uma vez…
Em um Reino repleto de natureza
Uma menina de tamanha delicadeza
Mas que também sentia muita tristeza.
Seu Reino estava obscuro
Por doenças, fome e sem um porto seguro
O Rei não era mais um ser duro
E assim, o local se tornou impuro.
Mas um belo dia, a mágica aconteceu
Sua Fada Madrinha apareceu
Com sua varinha a surpreendeu
De tanta luz que a acolheu.
– “Quem eu sou?” – A Fada Madrinha Perguntou
– “És minha Fada Madrinha!” – Respondeu a menina
– “Disso eu sei, ora bolas. Quero que você se faça essa pergunta!” – Retrucou
– “Quem eu sou?” – Se perguntou a menina que gaguejou…
“Eu sou uma Princesa!”
– “E como sabe que és uma Princesa? O que as Princesas fazem?”
– “Fazem as pessoas felizes cuidando do seu Reino!!!”
– “E quem faz parte do seu Reino, menina?”
– “Minha família, meus bichinhos, meus amigos e todo o mundo!”
– “E já que você é uma princesa, como sabe que faz as pessoas felizes?”
– “Bom, acho que sou carinhosa, inteligente, gentil, leal e ouso a dizer, empática!”
– “E você consegue ser assim o tempo todo?” – A Fada Madrinha questionou
Por essa a Princesa não esperava…
Quais seriam seus defeitos?
Questão que ela não considerava…
Mas com muita sinceridade, respondeu seus despeitos.
– “É… Bom… Às vezes sou um pouco ríspida, teimosa, impaciente, e orgulhosa.
Mas também inflexível, frágil, ansiosa e…”
– “Tá bom, tá bom, pare de falar. Como assim frágil? A Princesa não confia em si?”
– “Fada Madrinha, o que a Senhora quer dizer com essa prosa?”
– “Quero dizer, minha querida menina, que uma Princesa sempre confia em si!”
A menina do Reino repleto de natureza
Sentiu tanta indelicadeza
Por sua madrinha tratá-la com tanta firmeza
Sem saber que segundos depois iria refletir com clareza.
– “Pois já errei muito, me arrependi e não consegui perdoar! – Respondeu a menina com uma leve falta de ar
– “E me diga, Princesa, quem já não errou nessa vida e deixou-se magoar?”
– “É verdade, Fada Madrinha, ninguém é perfeito e eu não preciso me amaldiçoar!” – Refletiu a menina que aliviada conseguiu respirar
Das pessoas do seu Reino, ela sempre escutava
Que doce era sua voz que acalentava
Bondoso, amigável e sensível era seu coração que despertava
Uma nova Princesa e Mulher que sobre si exaltava.
Assim, a sua Fada Madrinha mostrava
À Princesa, sua virtude que mais importava
E agora em si ela acreditava
Na ajuda que lhe faltava.
Finalmente a Princesa enxergava
Que um ser humano bom ela apresentava
A si e seu Reino que a exaltava
E das imperfeições que a vida desatava.
Dedico esta Prosa Poética à uma das minhas Fadas Madrinhas, F., obrigada!
Por Carla Magalhães em 09 de Junho de 2020