
Atualmente reconhecida como A Voz do Feminismo, Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora preta nascida em 1977 em Enugu, no Estado de Anambra, Nigéria. Se mudou para os Estados Unidos aos 19 anos para estudar Comunicação e Ciências Políticas na Universidade de Drexel, Filadélfia e a partir de então trilha um lindo caminho sobre Estudos Africanos, entre titulação de Mestre e Prêmios. A escritora tem muitos projetos no seu país Natal, como oficinas de escrita e foi a primeira Mulher a ser Chefe da Administração da Universidade da Nigéria.
Conheci a trajetória dessa incrível escritora, referência na política ideológica feminismo mas também nos estudos africanos na minha faculdade de Relações Internacionais, no ano de 2014. Não sei se você, caro leitor, sabe, mas sim, o Feminismo faz parte de uma das Teorias das Relações Internacionais e foi o primeiro tema do meu TCC. Impressionante quando tive aulas sobre, o quanto me identifiquei com a ideologia. Para quem conhece a canção #Flawless da Beyoncé, o trecho abaixo explica O QUE É O FEMINISMO:
“We teach girls to shrink themselves, to make themselves smaller
We say to girls: You can have ambition, but not too much
You should aim to be successful, but not too successful
Otherwise, you will threaten the man
Because I am female, I am expected to aspire to marriage
I am expected to make my life choices
Always keeping in mind that marriage is the most important
Now, marriage can be a source of joy and love and mutual support
But why do we teach girls to aspire to marriage
And we don’t teach boys the same?
We raise girls to see each other as competitors
Not for jobs or for accomplishments, which I think can be a good thing
But for the attention of men
We teach girls that they cannot be sexual beings in the way that boys are
Feminist: a person who believes in the social, political
And economic equality of the sexes”
Basicamente a escritora em breves e diretas palavras explica como nossa sociedade machista, perpetuada não só por homens mas também por mulheres que cresceram com tal “educação”, precisa mudar. Vamos refletir sobre alguns pontos.
- Trabalho: “Você pode ter ambição mas não muita, nem sucesso, ao contrário, irá ameaçar o homem!”
Crítica sobre como nós mulheres nos inferiorizamos e muitas vezes permitimos nos deixar ficar para trás (dos homens) pois “lugar de mulher é em casa”, já ouviram essa, certo? Chega! Nossas avós conseguiram o direito ao voto, agora vamos lutar para conseguir melhores condições e respeito igualitário no ambiente de trabalho! - Casamento: “Porque eu sou mulher, esperam que eu aspire me casar!”
Mulher, você não precisa se casar se não quiser. Você não precisa ter filhos se não quiser. Você não precisa “ser do lar” se não quiser. Você pode ser o que quiser e especialmente, mostrar e apoiar sua companheiras ao mesmo, sem julgamentos e desprezos. Mais união! - Educação: “Ensinamos as meninas que não podem ser sexuais como os homens são!”
Amiga, senta aqui, vamos conversar… Você está afim de transar com aquele cara na noite que o conheceu? Sim, estou falando de sexo! Faça, com todos os cuidados e precauções. Não se minimize ou reprima suas vontades, apenas se permita pensar além e sem aquele complexo de princesa, “Ah, transamos, agora vamos casar!” (Não que se sentir uma princesa seja ruim, eu me sinto uma e estou escrevendo isso!) Tenha em mente que seu corpo, suas regras! - Igualdade: “Igualdade dos sexos.”
O feminismo, ao contrário do que muitos pensam, não é um movimento que pensa que mulheres são superiores, muito pelo contrário, é onde se luta, se estuda, se compõe a igualdade social, política e econômica dos sexos.
Qual é a minha intenção com todas essas palavras que não são poemas? Reflexão! Vamos a mais uma imagem para entendermos todo o esquema de confusão que acontece no mundo atual:

Gostaria de concluir esse Manifesto, explicando que machismo e femismo são as mesmas coisas, e são esses comportamentos que precisamos abolir da sociedade. Senti que precisava escrever sobre essa questão por aqui, pois é intrigante como vejo tantas mulheres ainda se agredirem por um comportamento de competição (por homens), de desprezo (por outras mulheres), sem compaixão pelo mesmo sexo… Pasmem! Eu mesma muitas vezes me pego com essas atitudes e percebo como estamos condicionadas a nos maltratar! Isso tem que mudar!
Acolhimento, é o que precisamos dar uma para as outras.
União, é o que precisamos fazer a partir de agora.
Respeito, é como nós, mulheres, vamos mudar nosso próprio comportamento.
E é assim que acredito que teremos um mundo melhor. E você? No que acredita?