Resenha #3 – O Pequeno Príncipe

LIVRO: O Pequeno Príncipe
AUTOR: Antoine de Saint-Exupéry
EDITORA: Harper Collins
FORMATO: Físico
NOTA: ★★★★★

Foto autoral – O Pequeno Príncipe

Se tem um livro que não posso deixar de opinar no Escritas & Tal, esse livro se chama “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry, o famoso “Le Petit Prince”, tão clichê quanto necessário de se ler. A minha paixão por livros não iniciou na infância e sim no fim da adolescência, já quase adulta (na infância somente a escrita, pois a imaginação era fértil mas a concentração não – risos), por isso não conhecia “O Pequeno Príncipe” desde sempre. Mas foi em 2012, numa viagem para Paris, França, que saindo de algum dos belíssimos museus que lá tive o privilégio de visitar, olhei para essa caneta da foto e esse Princepezinho me encantou! Vi na loja de souvenir escrito “Le Petit Prince”, e pensei “Ah, que fofinho, vou levar!”… Nem imaginava que aquela caneta seria o ponto de partida para conhecer uma história de tamanha grandeza, uma vez que naquele mesmo ano, na Bienal do Livro, eu finalmente tive esse livro incrível em mãos. E meu xodó, reparem no exemplar de “Mini Livro” que tenho também. Fofíssimo!

Bom, vamos ao que interessa… Releituras são importantíssimas. Fiz esta recentemente para trazer minha perspectiva do livro para vocês e espero fazer mais releituras desse livro quando estiver mais velha, nossa visão sempre muda com a maturidade. Não sou mais a mesma Carla de 20 anos, e estou em constante busca de uma melhor versão de mim, e assim, até o último dia da minha vida, que espero que demore muuuito para chegar! 🙂

O Pequeno Príncipe. Um livro de criança sim, um livro de adulto também. Um livro para todas as idades, para todas nossas fases, para lembrarmos dos nossos princípios e valores, nossas virtudes e defeitos e especialmente, lembrarmos que sacrifícios são necessários, que nem sempre a “grama do vizinho é mais verde” e que não devemos esperar perder algo ou alguém para darmos seu devido valor. Um livro essencial na aprendizagem, na busca por maturidade e sim, daqueles livros que todos nós devemos ter na nossa estante.

Apesar de ser curto, rápido e objetivo, no qual eu gostaria de desmembrar várias passagens, eu vou focar no capítulo mais importante e conhecido, no sentido de ter mais peso do saber, é indispensável que seja retratado com bastante delicadeza e notabilidade, típico da literatura francesa que nos encanta desde sua origem.

Vamos diretamente ao capítulo XXI, a renomada parte do Príncipe com a Raposa, e da sua reflexão de como deveria cuidar de sua flor, àquela que habitava seu Planeta…

– Que quer dizer “cativar”?
– É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. – Significa “criar laços”…
– Criar laços?
– Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…

E no final do capítulo, após tornarem-se amigos, a raposa revela um segredo ao principezinho, que percebeu que cativar é amar, e que ele amava a sua rosa…

– Adeus… – disse ele.
– Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. […] Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu é responsável pela tua rosa…

A grandeza de ensinamento que essa passagem nos passa é como a raposa disse, simples. Mas muitas vezes não enxergamos pelo tolo fato de não nos deixarmos ver a vida com o coração. A vida, a natureza, a família, os amigos… O nosso próprio Planeta!… Se nos empenharmos nessa filosofia, vemos que a simplicidade começa com as aquarelas representadas pelo próprio autor, que não era nenhum artista profissional, mas conseguiu, a partir de desenhos singelos, expressar que não é preciso muito para termos o que mais importa em nossas vidas. Paz de espírito, amor (próprio e ao próximo), respeito e princípios.

Por fim, gostaria de indicar uma pesquisa para vocês, caros leitores… Sim, trabalho de casa! – risos… Que tal ver a biografia de Antoine de Saint-Exupéry? Um pouco de #spoiler… Esse livro faz tanta referência ao amor que tivera mas não sabia dar valor, assim como o principezinho com sua rosa. Ainda, às experiências como realmente piloto que foi, pois sim, ele sobreviveu à uma queda de avião. E quem seria então a representação do querido O Pequeno Príncipe? Sim, Saint-Exupéry. Que precisou sair do seu “planeta” para voltar e saber o que é “cativar” a sua “rosa”.

Deixo o final da reflexão com vocês! Mas com uma ressalva… Vamos enxergar mais com o coração do que com os olhos e mais como crianças do que como adultos?

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Até a próxima resenha!

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