LIVRO: Aladim
AUTOR: Nova versão do Conto Clássico de “As Mil e Uma Noites”
EDITORA: Zahar
FORMATO: Físico
NOTA: ★★★★

Caros Leitores,
Essa não é só uma resenha, é na verdade toda minha perspectiva sobre esse Conto de As Mil e Uma Noites no qual sou apaixonada, talvez, desde que nasci. Aladdin da Disney é de 1992, coincidência ou não? Não sei, mas é o ano que eu nasci, é a princesa que me inspira desde que eu era criança. Nossa, como sou apaixonada por essa história e toda cultura presente nela!
Inclusive, eu tive aquela Lâmpada Mágica da marca Chamyto, que você esfregava na lateral e escutava: “Eu sou o Gênio da Lâmpada! Vamos brincar?” Quem lembra? Eu adorava!

Ainda, em dezembro de 1996, quando eu tinha apenas 4 anos, comemorei meu aniversário vestida de Princesa Jasmine. Por que? Porque era o meu desenho preferido! Aladdin e toda aquela cultura árabe que permanece em mim até os dias de hoje! E olha, eu nunca vou esquecer desse dia por mais novinha que eu fosse na época! Na verdade, lembro mais pelas fotos, mas foi tão marcante que eu lembro sim de muitas partes, como a decoração e da minha roupa linda! ❤️
“Os momentos especiais de hoje são as memórias de amanhã.”

Já perdi o foco da resenha! rs Estava tão animada para trazer essa minha conexão com a história de Aladdin que diferente de quando eu tinha apenas quatro anos, hoje eu vejo sob uma ótica muito mais madura.
Mas vamos à Resenha do Clássico Zahar, que super indico para quem quer uma outra realidade do Conto.
Primeiro… Esquece o Aladdin da Disney! Ok, a Disney sempre adapta versões de histórias para suas perspectivas e assim, atrair o espectador. Isso é um fato. Mas o Conto original não tem absolutamente nada a ver, tanto o desenho de 1992 quanto o sensacional Live Action de 2019.
Segundo, tenha em mente que esse conto árabe foi traduzido pro francês, do francês para o inglês e aí sim para o português. Muitas adaptações podem ter ocorrido, mas essa edição da Zahar busca ser muito fiel à versão original.
Bom, quanto à verdadeira história de Aladim do Conto de “As Mil e Uma Noites”, esta foi na realidade contada verbalmente, e não escrita em si à priori. Por isso que não temos um autor definido. O Editor da #Zahar, Paulo Lemos Horta, deixa bem claro ao dialogar sobre a obra as seguintes questões:
“As narrativas originais de As Mil e Uma Noites […] eram relatos urbanos das intrigas de homens e mulheres.”
“A história compreende, portanto, muito mais do que os filmes que a Disney sugere.”
Isto mostra como o próprio Editor foi muito fiel ao introduzir todo o Conto para o leitor, principalmente aqueles que começam a ler com a expectativa de ser uma narrativa idêntica à da Disney. O que mais uma vez enfatizo, essa edição da Zahar não é uma réplica da história da Disney. Então vamos lá…
O Conto é narrado pela “voz” feminina de Sherazade, uma lendária Rainha Persa que retrata as histórias dos Contos de “As Mil e Uma Noites”. Inclusive, é interessante que se faça uma busca sobre sua persona, tão importante para a literatura árabe quanto qualquer outra, rica em conteúdo, cultura e detalhes – recomendo o Box “As Mil e Uma Noites” para quem se interessar em se aprofundar nesse universo Arabian.
Aladim nesse conto trata-se de um menino que é filho de um alfaiate, um homem que esperava que seu filho seguisse sua profissão (o que era comum), mas o menino era muito malandro e preguiçoso. Quando seu pai faleceu, somente permaneceram ele, a mãe e os irmãos. Além disso, o Conto se passa no que se chama de “China” no livro, que seria uma região realmente próxima da China mas com elementos islâmicos.
A reviravolta do Conto ocorre com a história da Lâmpada. Um feiticeiro instiga Aladim para este ir atrás desse tesouro em uma caverna. E ele foi e ficou preso nela. Encontrou vários desafios, e diferente da Disney, o Gênio, na realidade são criaturas que não são “boas”. Podemos dizer se tratar de um Conto com mais ação, pelo que se foi transpassado, o Conto foi relatado pela Sherazade para que esta ‘enrolasse’ o Sultão. Bom, uma história para outro momento…
No mais, minhas últimas considerações: Sim, eu esperava o típico clássico da Disney. Mas também sim, eu me surpreendi bastante com a riqueza do verdadeiro Conto de Aladim, não apenas com aqueles encantos que a Disney proporciona, mas com todo detalhe cultural e essência de um dos contos de “As Mil e Uma Noites”. Nota 4 porque não superou minhas expectativas, obviamente, mas engrandeceu bastante minha perspectiva sobre Aladim e cultura árabe no geral. 🙂
Se interessou pelo livro e quer adquirí-lo? Sabia que você pode ajudar o meu Blog Literário Escritas & Tal?
♥ Compre na Amazon com meu link! É só clicar aqui → Aladim (Clássicos Zahar) e Box As Mil e Uma Noites.
Até a próxima resenha! 🧞